ARQUÉTIPOS, FANTASMAS E ESPELHOS
Espelho, óleo sobre tela de 1937 do surrealista belga René Magritte.
Arquétipos, Fantasmas e Espelhos é um ensaio elaborado em 1993 para o Curso Teorias sobre o Racismo e Discursos Anti-Racistas, ministrado no Departamento de Antropologia da FFLCH da USP pelo Professor Kabengele Munanga.
Este texto, dá continuidade à discussão registrada em Imaginário, Espaço e Discriminação Racial (Revista GEOUSP, nº 14, 2003) e portanto, assinala os vínculos existentes entre o espaço, tanto nas suas dimensões concretas quanto nas imaginárias, com a questão da discriminação racial, articulando ambas temáticas por sua vez com a relação mantida entre as sociedades e a natureza.
Arquétipos, Fantasmas e Espelhos enfatiza a influência da geografia imaginária em termos da revivificação e/ou ressemantização de dinamismos espaciais excludentes, no caso, associados à eclosão de uma interpretação linear e progressiva do tempo social, destacada como fundamental para a compreensão das formas genuinamente racistas de discriminação.
Neste contexto, Arquétipos, Fantasmas e Espelhos propõe a noção de arquétipo espacial, paralelamente evidenciando a operacionalidade do conceito para a compreensão de diversos fenômenos sociais, estudados em nível da geografia, da antropologia e da sociologia.
Ademais, o ensaio enfatiza fortemente a importância do conceito de espaço junto a um debate, o relacionado com a discriminação racial, explicitando um nexo epistemológico raramente estudado no âmbito das ciências humanas.
Arquétipos, Fantasmas e Espelhos está publicado na revista acadêmica GEOUSP (nº 23, 2008, pp. 45-63), mantida pelo Serviço de Pós-Graduação do Departamento de Geografia da USP.