CHICO MENDES O SERINGUEIRO
Chico Mendes foi assassinado em 22 de Dezembro de 1988, data cuidadosamente escolhida por ser véspera de Natal, época na qual a sociedade se prepara para as festas de final de ano e o noticiário político, como sempre perde capilaridade diante da opinião pública.
A morte de Chico Mendes foi um acontecimento altamente impactante. Motivou inúmeros protestos do movimento ambientalista, dos sindicatos, igrejas e partidos políticos. No exterior, tornou-se tema obrigatório da grande imprensa, das grandes organizações de defesa da natureza, dos direitos humanos e dos trabalhadores.
Conheci Chico Mendes em 1988, durante uma palestra do líder seringueiro na Geografia da USP. Senti-me imediatamente instado a seguir aquele homem lúcido, honesto e destemido. De pronto, honradamente passei a colaborar com Chico Mendes e com a causa dos seringueiros com o melhor das minhas forças.
Fundei juntamente com o Professor Ariovaldo Umbelino de Oliveira (Geografia-USP), a antropóloga Bernadete Caprioglio de Oliveira (UNESP-SP) e diversos ativistas do meio ambiente da USP o Comitê de Apoio aos Povos da Floresta de São Paulo (CAPF-SP), entidade que coordenei desde a fundação.
O material que ora segue, a cartilha popular Chico Mendes - O Seringueiro foi uma das iniciativas do Comitê, texto publicado em 1989 pelo CAPF-SP em colaboração com o Conselho Nacional de Seringueiros e com o Departamento Rural da Central Única dos Trabalhadores.
A cartilha popular Chico Mendes - O Seringueiro acatou o modelo imagético então em voga no meio sindical, sendo mais tarde distribuída aos seringueiros, grupos extrativistas e movimentos sociais da Amazônia, do Brasil e do exterior.
Em Outubro de 2016, através da Editora Kotev, o exemplar impresso da cartilha sob cuidados do CAPF-SP foi masterizada digitalmente por intermédio de Francesco Antonio Picciolo, responsável pelo suporte técnico e pela logística digital da Editora Kotev.
Segue então o link para o documento, com acesso gratuito para todos os interessados:
http://mw.pro.br/mw/cartilha_chico_mendes.pdf